Aprender a conviver consigo mesmo é o maior desafio aqui na nave Terra cheia de seres individuais buscando entender o universo interno para só depois abrir o olhos e ver o entorno.
domingo, 21 de julho de 2013
Sozinha, mas muito bem acompanhada
Aprender a conviver consigo mesmo é o maior desafio aqui na nave Terra cheia de seres individuais buscando entender o universo interno para só depois abrir o olhos e ver o entorno.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Desconforto
quinta-feira, 6 de junho de 2013
A cor do começo
domingo, 5 de maio de 2013
Por favor,
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Água para apagar o fogo
Vou dizer o que ninguém parece ver, claro, com toda essa manipulação por quem sabe o que diz e o que vai ter de resposta. Tudo assim mesmo, estudado. Naturalidade não é o seu forte, mas é forte, te agarra com unhas, dentes, coxas e principalmente com os olhos, esses que são dotados por feitiços de cunho maléfico, com um único objetivo de prender a vitima no seu próprio jogo de domínio e conquista, se duvidar puxa até pelos cabelos. A mentira é usada muitas vezes para agradar a presa, que acaba por julgar o fogo inofensivo.
domingo, 6 de novembro de 2011
Não sou mais humana
O mundo consegue destruir até com alguém mais positivo e otimista. Consegue dar nojo até a pessoa mais compreensiva que nele habita. Consegue tirar do sério até alguém com uma paz invejável.
O homem é o ser mais perigoso para o homem. Fui infectada por muita insistência dessa maldade infinita e comecei a sentir raiva, medo e nojo do meu próprio semelhante. Desejando muitas vezes a própria morte de alguns. Hoje, não sinto nenhum remorso em dizer isso. Fui infectada gravemente.
Talvez sinta tudo isso quanto a mim mesma, me desejando a morte, por fazer parte dessa raça de humanos, por estar no mesmo saco, vivendo da mesma maneira. Sinto vergonha de estar rodeada de pessoas iguais a mim.
Não sentir mais compaixão por ninguém era o que temia e aconteceu.
Deveriam criar um outro nome para nós, os infectados, humanos é que não somos mais. Quanto mais animalesco parecer o nome melhor, porque a vontade é de sair rosnando pra qualquer um que tentar se aproximar, na tentativa de proteger seu espaço, seus objetos e sua vida.
Tentei ser humana num mundo de animais, fui mordida muitas vezes e me curei outras muitas, mas hoje a mordida foi mais profunda e não consegui me sarar.
Muitos dos infectados não se anunciam, dizem-se humanos, já que aparentemente são iguais, por isso aproveitem que a minha confissão e não se aproximem de mim. Eu mordo.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
O Quereres
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão
Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock?n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em ti é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente impessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim
Caetano Veloso
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Pode rir.
Não. É isso mesmo! A felicidade é uma utopia. E eu discordava perante tanta obviedade, mas agora, apesar de ainda feliz, sinto alguns sentimentos contrários me rondando sem me tocar. No meu pensamento visionário é fácil perceber a minha fragilidade, tentem tirar o mínimo da minha total felicidade e eu entristeço pesadamente. Não sei lidar com a dor porque nunca me doeu de verdade, por isso peço amedrontada para não chegar essa hora que a minha felicidade desconhece.
Acho que os infelizes ao verem os felizes tal como eles, são mais felizes.
Talvez toda a graça tenha prazo, talvez o dono do jogo queira mesmo que os felizes pensem que a felicidade os pertençe, só mesmo pra depois colocar o indicador pra frente, balaçar de um lado pro outro e dar um meio sorriso feliz.
E se eu disser "Eu acredito que felicidade plena não existe por aqui na terra" vocês me permitiriam tê-la? Tá! Tá bom, eu sei que não vão fazer isso, mas então o que eu devo fazer? Continuar sendo feliz até quando puder ou ficando cada dia mais infeliz pra ir me acostumando com a bomba que deve estar chegando? Porque só pode ser parente de Hiroshima, porque o tanto de felicidade que eu já gastei... Deveria ter sido menos feliz.
Karla Brito
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Segura
Um nó me vem à garganta quase me sufocando. prendendo as palavras num esforço imenso de contra corrente. e depois me vêem umas poucas lagrimas que também não sabem se são para serem choradas ou seguradas, já que nem sabem o porquê de estarem ali, se ainda nada foi dito, sentido, gritado, expulso, invadido.
Maior do que o medo de dizer é o medo de não poder dizer.
O cenário e os personagens pararam no tempo sem essa informação, a minha informação. Tudo congelado e seguro! Congelando os meus, à mim, faltando ar em um cubo de gelo do tamanho do meu passado.
Já me segurei o suficiente para estar segura em me soltar.
Karla Brito
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Não me entendam
Nunca soube lidar bem com vocês e pra falar a verdade nunca fiz questão, sem querer ofender, é claro. Mas se vocês não tiverem nada contra mim, eu vou supor que encontraram por aí alguma explicação cientifica ou alguma teoria que saiu em um livro dizendo como me entender... e eu não aceitaria isso já que eu não acredito em nenhuma resposta lógica para o que eu sou.
Por isso não me entendam.
A vida do lado de cá, dos com amor, me ensina cada vez mais a entender coisas abstratas e invisíveis, que me fazem chorar por senti-las tão reais. Tão reais que eu não consigo ver o que é a realidade pra vocês. É daí que nasce o medo de vocês um dia se proporem a me entender, porque eu não sei se vou ser capaz de entendê-los também.
Aliviem a minha culpa, não me entendam.
KarlaBrito
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Eu gosto de alface
Ver todos esses palhaços diariamente, com suas bocas grandes - vermelhas - sorridentes, caras pálidas e olhos arregalados, sempre querendo rir de alguma coisa que não sejam suas próprias vidas, procurando motivo de espanto e piada, me entontece e me embrulha o estomago.
Na verdade ninguém gosta de palhaços. Alguns dizem isso sem medo, mas todo o resto finge gostar. Assim! tão fácil como fingir que gosta de alface.
Cada um tem seu medo especifico, mas o meu é o de não ser ouvida. Que todas as gargalhadas tapem até o meu grito. No meu pior pesadelo eu estou cercada de palhaços e eles começam a rir e a se aproximar de mim. À medida que eles se aproximam eu começo a encolher e gritar o mais alto que eu posso, quando eu estou na altura de seus joelhos nem eu mesma consigo mais ouvir minha voz, é quando eu me transformo em um deles.
Palhaços têm bocas grandes e cabeças pequenas. Eu não quero ser palhaço.
bjo
Karla Brito
terça-feira, 2 de março de 2010
Ainda vale dizer?
Foi um ano inteiro se mostrando.
FELIZ ANO NOVO!
KarlaBrito