Vou dizer o que ninguém parece ver, claro, com toda essa manipulação por quem sabe o que diz e o que vai ter de resposta. Tudo assim mesmo, estudado. Naturalidade não é o seu forte, mas é forte, te agarra com unhas, dentes, coxas e principalmente com os olhos, esses que são dotados por feitiços de cunho maléfico, com um único objetivo de prender a vitima no seu próprio jogo de domínio e conquista, se duvidar puxa até pelos cabelos. A mentira é usada muitas vezes para agradar a presa, que acaba por julgar o fogo inofensivo.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Água para apagar o fogo
Vou dizer o que ninguém parece ver, claro, com toda essa manipulação por quem sabe o que diz e o que vai ter de resposta. Tudo assim mesmo, estudado. Naturalidade não é o seu forte, mas é forte, te agarra com unhas, dentes, coxas e principalmente com os olhos, esses que são dotados por feitiços de cunho maléfico, com um único objetivo de prender a vitima no seu próprio jogo de domínio e conquista, se duvidar puxa até pelos cabelos. A mentira é usada muitas vezes para agradar a presa, que acaba por julgar o fogo inofensivo.
domingo, 6 de novembro de 2011
Não sou mais humana
O mundo consegue destruir até com alguém mais positivo e otimista. Consegue dar nojo até a pessoa mais compreensiva que nele habita. Consegue tirar do sério até alguém com uma paz invejável.
O homem é o ser mais perigoso para o homem. Fui infectada por muita insistência dessa maldade infinita e comecei a sentir raiva, medo e nojo do meu próprio semelhante. Desejando muitas vezes a própria morte de alguns. Hoje, não sinto nenhum remorso em dizer isso. Fui infectada gravemente.
Talvez sinta tudo isso quanto a mim mesma, me desejando a morte, por fazer parte dessa raça de humanos, por estar no mesmo saco, vivendo da mesma maneira. Sinto vergonha de estar rodeada de pessoas iguais a mim.
Não sentir mais compaixão por ninguém era o que temia e aconteceu.
Deveriam criar um outro nome para nós, os infectados, humanos é que não somos mais. Quanto mais animalesco parecer o nome melhor, porque a vontade é de sair rosnando pra qualquer um que tentar se aproximar, na tentativa de proteger seu espaço, seus objetos e sua vida.
Tentei ser humana num mundo de animais, fui mordida muitas vezes e me curei outras muitas, mas hoje a mordida foi mais profunda e não consegui me sarar.
Muitos dos infectados não se anunciam, dizem-se humanos, já que aparentemente são iguais, por isso aproveitem que a minha confissão e não se aproximem de mim. Eu mordo.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
O Quereres
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão
Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock?n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em ti é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente impessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim
Caetano Veloso
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Pode rir.
Não. É isso mesmo! A felicidade é uma utopia. E eu discordava perante tanta obviedade, mas agora, apesar de ainda feliz, sinto alguns sentimentos contrários me rondando sem me tocar. No meu pensamento visionário é fácil perceber a minha fragilidade, tentem tirar o mínimo da minha total felicidade e eu entristeço pesadamente. Não sei lidar com a dor porque nunca me doeu de verdade, por isso peço amedrontada para não chegar essa hora que a minha felicidade desconhece.
Acho que os infelizes ao verem os felizes tal como eles, são mais felizes.
Talvez toda a graça tenha prazo, talvez o dono do jogo queira mesmo que os felizes pensem que a felicidade os pertençe, só mesmo pra depois colocar o indicador pra frente, balaçar de um lado pro outro e dar um meio sorriso feliz.
E se eu disser "Eu acredito que felicidade plena não existe por aqui na terra" vocês me permitiriam tê-la? Tá! Tá bom, eu sei que não vão fazer isso, mas então o que eu devo fazer? Continuar sendo feliz até quando puder ou ficando cada dia mais infeliz pra ir me acostumando com a bomba que deve estar chegando? Porque só pode ser parente de Hiroshima, porque o tanto de felicidade que eu já gastei... Deveria ter sido menos feliz.
Karla Brito
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Segura
Um nó me vem à garganta quase me sufocando. prendendo as palavras num esforço imenso de contra corrente. e depois me vêem umas poucas lagrimas que também não sabem se são para serem choradas ou seguradas, já que nem sabem o porquê de estarem ali, se ainda nada foi dito, sentido, gritado, expulso, invadido.
Maior do que o medo de dizer é o medo de não poder dizer.
O cenário e os personagens pararam no tempo sem essa informação, a minha informação. Tudo congelado e seguro! Congelando os meus, à mim, faltando ar em um cubo de gelo do tamanho do meu passado.
Já me segurei o suficiente para estar segura em me soltar.
Karla Brito
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Não me entendam
Nunca soube lidar bem com vocês e pra falar a verdade nunca fiz questão, sem querer ofender, é claro. Mas se vocês não tiverem nada contra mim, eu vou supor que encontraram por aí alguma explicação cientifica ou alguma teoria que saiu em um livro dizendo como me entender... e eu não aceitaria isso já que eu não acredito em nenhuma resposta lógica para o que eu sou.
Por isso não me entendam.
A vida do lado de cá, dos com amor, me ensina cada vez mais a entender coisas abstratas e invisíveis, que me fazem chorar por senti-las tão reais. Tão reais que eu não consigo ver o que é a realidade pra vocês. É daí que nasce o medo de vocês um dia se proporem a me entender, porque eu não sei se vou ser capaz de entendê-los também.
Aliviem a minha culpa, não me entendam.
KarlaBrito
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Eu gosto de alface
Ver todos esses palhaços diariamente, com suas bocas grandes - vermelhas - sorridentes, caras pálidas e olhos arregalados, sempre querendo rir de alguma coisa que não sejam suas próprias vidas, procurando motivo de espanto e piada, me entontece e me embrulha o estomago.
Na verdade ninguém gosta de palhaços. Alguns dizem isso sem medo, mas todo o resto finge gostar. Assim! tão fácil como fingir que gosta de alface.
Cada um tem seu medo especifico, mas o meu é o de não ser ouvida. Que todas as gargalhadas tapem até o meu grito. No meu pior pesadelo eu estou cercada de palhaços e eles começam a rir e a se aproximar de mim. À medida que eles se aproximam eu começo a encolher e gritar o mais alto que eu posso, quando eu estou na altura de seus joelhos nem eu mesma consigo mais ouvir minha voz, é quando eu me transformo em um deles.
Palhaços têm bocas grandes e cabeças pequenas. Eu não quero ser palhaço.
bjo
Karla Brito
terça-feira, 2 de março de 2010
Ainda vale dizer?
Foi um ano inteiro se mostrando.
FELIZ ANO NOVO!
KarlaBrito
domingo, 28 de fevereiro de 2010
A Menina e a Mulher
Sentada em uma cadeira, que poderia ser confortável em outras situações, mas não naquela, estava ela, dura, em frente a um espelho que por muito tempo havia evitado, tapando-o com lençóis brancos enormes que sempre faziam questão de lembrá-la que estavam ali por uma só causa, o medo do que veria nos traços do seu rosto e o que esse tempo que passara sem se ver, fizera com a menina que já não mais existia.
Mas ela precisava saber.
Sabia desde o principio que esse dia chegaria, se não já o teria quebrado em milhares de pedaços, talvez não o fez porque saberia que nem em uma vida inteira conseguiria limpar os cacos que continuariam espetando seus pés, incomodando.
Tomou ar e foi.
Com os olhos cerrados virou-se para frente determinada e os abriu. Os ombros foram baixando aliviados, a sua expressão era doce mas um tanto preocupada, estava muito diferente.
Depois de um tempo sentada, tentando se acostumar com sua linhas, a mulher foi chegando mais perto com certa curiosidade de descobrir o que tinha perdido todo esse tempo.
Um sorriso lhe escapou do rosto. Era o mesmo sorriso.
Pouco a pouco foi percebendo que não mudara tanto, que o passado não estava só no espelho e sim em cada gesto que ela fazia, no jeito de andar e no acentuado da sua voz. Estava convencida de que não havia traído seu passado, já conseguia encará-lo sem pedir desculpas, pelo contrario, com a voz baixinha lhe dizia:
- Obrigada, obrigada, obrigada...
Já saiam os primeiros raios do dia. Juntou os lençóis, abriu as janelas e o vento frio e úmido da manhã a lembrou da menina, da mulher que agora ela faria questão de sempre ser.
Karla Brito
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Links do VNCP
http://vocenaoconsegueparar.wordpre
materia no diario do nordeste:
http://diariodonordeste.globo.c
Baltimore é logo ali:
http://opovo.uol.com.br/opovo/vidaea
bjo
KarlaBrito
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Alguém ensina a sentir?
domingo, 11 de outubro de 2009
VOCÊ NÃO CONSEGUE PARAR


quarta-feira, 23 de setembro de 2009
O que não ensinam em anatomia
Na respiração: falta ar.
Na garganta: um nó cego.
Nos olhos: um vermelho que denuncia ao mesmo tempo uma vontade imensa de chorar e uma outra de se manter firme, intacta.
No abraço: alguém que me possa entender pelas batidas do coração.
Na testa: duas rugas que se tornam cada vez mais próximas de serem permanentes.
Na boca: sede de dizer “eu te amo”.
No corpo: dormência.
Na musica: a confirmação de que eu sou frágil.
No coração: um nome.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
TPM
Ei, o que foi? Que tom de voz é esse?
Como assim? Quando eu disse que estava cansado, eu queria dizer que estava cansado. O que mais seria?
Meu amor, não seja infantil... eu tive um dia daqueles que não se quer ver mais nada alem do travesseiro dizendo “oi” pra bochecha direita... ou esquerda.
Que bom que você me entende... Você esta chorando? Ma...eu...na... espe... CALMA!
Que dia? Que festa? Quem?
Claro que não, naquele dia eu demorei pra comprar a água que você tinha me pedido porque tinha acabado no bar e o cara foi pegar mais no estoque, por isso estava quente, lembra?
Não, eu não encontrei ninguém no caminho.
Eu prometo.
Por você.
Nao, não foi porque eu não me importo em te perder, mas porque voce é a mais importante e eu não prometeria nada em seu nome que não fosse verdade.
Amor? você ainda tá aí? Você tá chorando de novo?
bjo
Karla Brito
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Sempre guardo minhas roupas preferidas
Você diz que eu mudei, mas na verdade eu só andei, vivi, abri os olhos, aprendi e você esqueceu de fazer isso, uma pena. Tenho certeza que seria maravilhoso te ter do meu lado se você não tivesse esses olhos tão cerrados.
Parece injusto e grosseiro dizer, anos juntos, dia-a-dia, adolescência compartilhada, mas é engraçado, não me lembro de ter aprendido muita coisa valiosa de você a ponto de comprá-las.
Não digo isso com magoa, raiva ou coisa parecida, na verdade tenho um carinho imenso, quase que nostálgico por aquilo que fez parte de mim e que lá dentro ainda existe. Como minha roupa preferida, que já não me cabe.
Só peço que não alimente o rancor e que me tenha como uma pessoa que escolheu escrever seus próprios livros de aventura,comedia e romance ao invés de simplesmente lê-los.
Sinto e sinto muito ter que admitir pra mim mesma que não existe espaço pra mim na sua sala. Seriam muitas cores, muita vibração, muitos EUs, muita vida e eu acabaria incomodando os olhos cinza a sua volta.
Detesto incomodar.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Nativo da região do Ártico
Quando o Djavan diz que amar é quase sofrer, acredite. Não me entenda mal, o sofrimento aqui dói de tão bom.
Felicidade vicia e hoje a minha felicidade tem nome, sobrenome e eu posso tocar. Mas por ser a minha felicidade, quando não está comigo é tristeza.
Tenho descoberto as mais novas e agonizantes formas de sentir, de uma vez só, sem anestesia, sem medo, entregue a minha própria sede de viver.
Mas não deixa de ser dor só por ser bom, na anti-vontade de fazer qualquer coisa que você não esteja, de escutar só as musicas que você me indicou e achar que o que você pensa está sempre certo.
E eu que pensava que sabia alguma coisa sobre o amor, descubro que sei mais sobre ursos polares.
bjo
Karla Brito
sábado, 18 de julho de 2009
Último.
E quanto levou foi pr'eu merecer antes um mês e eu já não sei
E até quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola
Eu encontrei-a e quis duvidar
Tanto clichê, deve não ser...
Você me falou pr'eu não me preocupar, ter fé e ver coragem no amor
E só de te ver eu penso em trocar a minha TV num jeito de te levar a qualquer lugar que você queira e ir onde o vento for,
que pra nós dois sair de casa já é se aventurar
Ah vai...
Me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar, eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar
-RodrigoAmarante
terça-feira, 30 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Já não me falta, sobra.
Eu passei a ser você, a respirar no seu ritmo, a saber o que está pensando, a fazer coisas que te fazem bem porque só assim, eu me sinto feliz.
E nesses dias iluminados de cores vivas e, definitivamente, quentes, eu me sinto preenchida de uma alegria plena, calma e sem pressa.