quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O que não ensinam em anatomia

Na cabeça: qualquer lugar imaginário que eu crio para tentar afastar de mim essa distancia que me corroe os ossos.
Na respiração: falta ar.
Na garganta: um nó cego.
Nos olhos: um vermelho que denuncia ao mesmo tempo uma vontade imensa de chorar e uma outra de se manter firme, intacta.
No abraço: alguém que me possa entender pelas batidas do coração.
Na testa: duas rugas que se tornam cada vez mais próximas de serem permanentes.
Na boca: sede de dizer “eu te amo”.
No corpo: dormência.
Na musica: a confirmação de que eu sou frágil.
No coração: um nome.
bjo
Karla Brito

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

TPM

Ei, o que foi? Que tom de voz é esse?
Como assim? Quando eu disse que estava cansado, eu queria dizer que estava cansado. O que mais seria?
Meu amor, não seja infantil... eu tive um dia daqueles que não se quer ver mais nada alem do travesseiro dizendo “oi” pra bochecha direita... ou esquerda.
Que bom que você me entende... Você esta chorando? Ma...eu...na... espe... CALMA!
Que dia? Que festa? Quem?
Claro que não, naquele dia eu demorei pra comprar a água que você tinha me pedido porque tinha acabado no bar e o cara foi pegar mais no estoque, por isso estava quente, lembra?
Não, eu não encontrei ninguém no caminho.
Eu prometo.
Por você.
Nao, não foi porque eu não me importo em te perder, mas porque voce é a mais importante e eu não prometeria nada em seu nome que não fosse verdade.
Amor? você ainda tá aí? Você tá chorando de novo?

bjo

Karla Brito