domingo, 31 de agosto de 2008

Toda forma de amor é justa

Seria o amor um enlatado? Só existe uma forma? E essa seria a verdadeira? Seria o amor então, algo tão inatingível que não se pode dizer, mesmo pra quem se sente amor, só porque pode soar falso?

Quantas vezes já ouvi “amor de verdade só de pai e mãe”. Acho mesmo que amor de pai e mãe é incondicional e grandioso, mas são só formas diferentes de amar.

O amor que sinto pela minha mãe é diferente do que eu sinto pelo meu irmão, pela minha tia, pelo meu pai, pelo meu primo, pelos meus amigos...

Amo todos eles, só que de formas diferentes. Não quer dizer que eu ame uns mais, outros menos, NÃO! Eu devoto a cada um deles um amor exclusivo. O amor que eu sinto por um, eu não sinto por outro igual. É o mesmo sentimento separado em diferentes cores e formas exclusivas pra cada um, assim como as girafas que têm todas as pintas do corpo diferentes, mas são todas, pintas!

O que me deixa mais confusa é mesmo o fato das pessoas se privarem tanto de dizer “eu te amo”. Hoje é tão mais fácil ouvir alguém dizer “eu odeio” sem nenhuma privação, como se isso fosse mais normal ou talvez mais certo do que sair por ai dizendo “eu te amos”.

Será que o medo de amar é maior do que o medo de odiar? Entendo que existe o medo da não reciprocidade do mesmo amor, quem ama sempre espera algo de volta, mas se essa espera for sem cobrança ele volta sempre!

Espalhe amor, o quanto puder! Por favor!!!?

Bjos

Te amo!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Must be magic

A magia da dança entrou na minha vida de novo como um doce que você lembra ter comido na infância, mas que nunca mais tinha provado porque se distanciou daquela vendinha da esquina, que era o único lugar que vendia aquele doce com um gosto tão particular e que te fazia sentir tão bem quando comia. E um determinado dia você encontra o mesmo doce numa outra vendinha que encontrou por acaso, quando tomou um caminho diferente pra casa e decidiu perguntar, sem compromisso, se tinha algum doce, e viu na prateleira, num cantinho onde talvez numa situação corriqueira nunca teria prestado atenção, mas naquele dia olhou pra aquele exato lugar e viu o doce que tanto gostava e podia ate sentir o sabor só por olhar... “moço, pega pra mim aquele doce, por favor!?” ... e quando tocou na boca, sentiu novamente o mesmo prazer, e pode relembrar da alegria de quando era criança। O doce tinha gosto de felicidade, essa que você não sentia a muito.


Bjo
Karla Brito

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Is someone watching me?

...

I keep making me questions of what am I? Who am I? What am I doing in here?
I do believe that everyone has a kind of karma to hold and overcome. But I still don’t know what is mine.
I’m afraid to be like those who doesn’t know what to do with their life, because doesn’t understand their mission and then they doesn’t go anywhere.
I want at least to FEEL LIKE I have a mission. It was going to make me a lot more motivated to run my heart out in something that I believed that would make me happier and evolved.
Sometimes (all the time) I think my mission is something that involves art. But what? And how?
I need a hand down here। Could someone up there help me to find my way, please?

bjo
Karla Brito

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Pequena-Caixa-De-Tortura- Locomotora

Ok… que é chato andar de ônibus ou topic, isso todo mundo deve concordar, agora, pra piorar a situação, os passageiros são obrigados a escutar musicas insuportáveis, de letras de baixo calão, melodias tão rápidas e angustiantes, e que de tão alto não nos dá nem o direito de pensar sobre outra coisa a não ser “que porra de musica é essa?”.
Entro na topic e já sou surpreendida por um forró fulero, onde o homem que canta parecia ter um limão na boca...sento e penso:
-tomara que essa rádio não seja só de forró!
Meu desejo foi em vão! Começou outro forró e o motorista aumentou absurdamente o volume do som e eu pensei:
- Cara, não acredito nisso, eu mereço!
E pedia a Deus pra que aquela topic fosse o mais rápido possível pra que eu pudesse sair daquela pequena-caixa-de-tortura-locomotora. Mas aí foi que eu fiquei mais puta ainda, a topic tava a 30 km/h. Eu jah estava pra gritar:
-Ow meu senhor, das duas, uma: ou vai devagar ou desliga essa porra dessa radio!
Mas não gritei, então fiquei com toda a minha raiva contida dentro de mim, não parava de me mexer na cadeira. E toda vez que eu olhava pela janela e via todos os carros passando e a topic quase parada na rua, me dava mais vontade de esganar a porra do motorista!
Além de tudo ainda estava super-iper-mega-atrazada! E aquela musica só me deixava cada vez mais estressada...
De repente a radio começa a chiar e o motorista desliga. O som do transito nunca foi tão musical pra mim... respirei aliviada e antes que espirasse por completo, gritei:
-Próxima desce!

Bjo
Karla Brito

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Escrevedora

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Já falei aqui nesse blog da minha necessidade de escrever, às vezes não sei nem sobre o que mas PRECISO। Estou lendo um livro “Carta a D.” de André Gorz, e ontem eu li um trecho onde ele fala exatamente sobre isso...e eu achei genial:

“O principal objetivo do escritor não é o que ele escreve. Sua necessidade primeira é escrever. Escrever, isto é, ausentar-se do mundo e de si mesmo para eventualmente, fazer isso a matéria de elaborações literárias. É apenas num segundo momento que se poe a questão só tema a ser tratado. tema é a condição necessária, necessariamente contingente da produção de escritos. Não importa qual o tema é melhor, desde que ele permita escrever. Durante seis anos, ate, 1946, eu mantive um diário. Escrevia para conjurar a angustia. Não importava o que; eu era um escrevedor. O escrevedor só se tornará escritor quando a sua necessidade de escrever for sustentada por um tema que permita e exija que essa necessidade se organize num projeto. Somos milhões a passar a vida escrevendo sem nunca terminar nem publicar nada”.

Eu sou uma escrevedora. Amo escrever. Como ele disse, escrever conjura a angustia... Parece que tudo se torna mais claro... Os sentimentos e as opiniões mais organizadas e simples. Parece que o pensamento é muito vago, passageiro e mutável, a palavra não. Ela é mais convicta, firme, duradoura.
bjo
karla Brito

terça-feira, 5 de agosto de 2008

De corpo e principalmente ALMA

Tenho uma facilidade imensa de me apegar e confiar nas pessoas e isso já me causou muita decepção. Minha mãe, meu pai, minhas tias, minha melhor amiga e alguns amigos mais próximos falam que eu sou muito ingênua, imatura, inocente... eu posso ate ser, mas é que eu tenho uma conduta da qual eu sou o que eu gostaria que fossem pra mim, e simplesmente não faz sentido agir com maldade, com segundas intenções, com desconfiança... Porque eu não gostaria que agissem assim comigo. Parece que estão me dizendo pra eu me igualar a pessoas das quais atitudes são desprezíveis.
Sabe aquela pessoa que diz “sei que isso não é certo, mas aquele outro tá fazendo, eu vou fazer também”? Eu me sinto sendo corrompida pela maldade do ser humano e eu sei que o ser humano pode ser tão melhor.
Será que ingenuidade amar o próximo? Será que imaturidade dar um voto de confiança? Será que é inocência ajudar alguém num momento difícil, mesmo que seja uma pessoa que você conheceu a pouco tempo? Isso pra mim tem outro nome: FRATERNIDADE.
Hoje eu li o comecinho de um livro que fala sobre a burrice humana, e tinha uma parte que dizia que o ser humano era tão burro e intolerante, que pregou um cara numa madeira só porque ele disse que era pra ser legal uns com os outros. GENIAL!
E eu fico me perguntando será que eu devo parar de ser desse jeito? Será que eu devo primeiro desconfiar antes de confiar? Ou confiar pra depois desconfiar? Olhar pras pessoas com olhos maldosos e cheios de desconfiança?
Eu sei que eu vou sofrer muito ainda, mas não sei se quero ser uma pessoa amarga, sem poder confiar no outro por medo de me machucar. Acredito no melhor das pessoas, quero ver o melhor delas, e acho que se eu for na intenção de que aquela pessoa vai me decepcionar, eu posso perder uma grande oportunidade de amar, de confiar, de estar perto, de aprender, de conhecer e de viver.
Eu NÃO peço a Deus um pouco de malandragem. Eu peço pra ele que se eu me decepcionar, não deixe de acreditar que existe um tipo de pessoas no mundo capaz de amar de graça.
bjo
Karla Brito

domingo, 3 de agosto de 2008

Parte de mim.


Esposa, mãe e avó, minha vovó.
Toda a minha infância foi com ela e o vovô Joaquim naquela casa de esquina do interior, e é lá que estão as minhas mais doces lembranças, que eu tenho certeza que eu vou levá-las comigo pra sempre.
Lembro de quando eu a via no quintal cuidando do canteiro de verduras e me mandava ver se a galinha tinha posto ovo e eu achava um máximo.
O que me resta é lembrar as risadas gostosas que ela dava, e dos esporros que dava quando tava estressada. Fico pensando: Quem vai dizer “Deus te abençoe” do jeito que ela fazia quando eu pedir a bênção? Quem eu vou levar uma aguinha bem friinha?
As lembranças e as saudades vão ficar no meu coração pra sempre.
Morre junto com ela uma parte de mim, mas fica comigo uma parte dela.