sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Para ler ouvindo José Augusto

Eu não quero fazer esse papel, nem fazer parte desse elenco de cenas repetidas, com final provável e processo doloroso. Não quero ser aquela que te segura em uma crise que só você pode resolver, nem esquecer da ultima temporada, onde eu fui tratada com desleixo.
Nem em todos os meus pensamentos positivos eu consigo imaginar esse reencontro sem desconfiança, medo e dor. A mudança está em cada palavra e passo que nos damos, somos outras pessoas e nunca mais será o mesmo porque o que existia já foi transformado como tão desejado. Não sou apaixonada por aquela pessoa, porque aquela pessoa nem existe mais, ela foi velada com flores vermelhas e enterrada com todas as condolências. Eu não consigo imaginar o horror que seria estar com um fantasma que me assombrou por tanto tempo e agora, só agora, volta pra enlouquecer a viúva.
Não se trata, porém, de uma historia de orgulho, rancor e magoa. É mais sobre amor próprio, bom senso e prevenção médica.

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