quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Mas não é.


Parece drama, mas só eu sei o que passei, só eu sei o que senti e foi forte, tão forte que me faz agradecer todos os dias por estar em paz de novo. Olhei nos meus olhos pela primeira vez, encarei os meus monstros e me deixei sentir tudo que precisava. Como São Jorge, em postura de uma guerra na qual eu mesma era a minha adversaria. Ouvi Maysa, Marisa Monte e Gal, não nego! E chorei muito pra que toda essa agua se fosse pra algum lugar fora de mim, lavando e levando toda a dor real que não se exorcizava. Todos os sintomas de um coração partido, todos muito clichés, o que me fez perceber o mundo é cheio de historias tristes assim e eu ficava ainda mais triste com isso, mais triste e mais triste.
Não acredito no amor e pronto, eu dizia. Em uma semana estava apaixonada. Talvez não. Deus me livre. Mas quem sabe... na inconstante vontade de ter qualquer vestígio do que eu tive. Me conformei que isso seria impossível e comecei a respirar um pouco mais tranquila.
Tudo foi um processo, sem troféus por ter evitado ligações, por não ter chorado naquele dia ou não ter perguntado como é que tá a vida, uma vitória pessoal por quando se vive um dia de cada vez muito lentamente. A lama do fundo do poço vinha até a minha canela e foi muito difícil escalar, agora que estou muito perto de sair completamente dele eu não quero me distrair com flores amarelas, se eu tenho um jardim colorido me esperando.

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